Ramon Barros
Os anjos são criaturas espirituais criadas por Deus para nos proteger diante das tentações, perigos, riscos eminentes e de pessoas ou legiões que vêm das trevas. Os anjos estão entre nós, alguns encarnados com formas humanas. Eles passam despercebidos, muitas vezes, por que não podem interferir na intimidade e no livre arbítrio, ao contrário dos enviados da legião do mal. Os anjos buscam o tempo todo harmonia dos seres humanos e a paz mundial. Outras vezes travam batalhas espirituais para que a humanidade possa seguir seu rumo e que todos possam ter sua evolução pessoal e amadurecimento.
Várias pessoas não conseguem ir a um hospital ou orfanato, asilo ou algum lugar que tenha pessoas internadas, com doenças graves. Isso é de grande importância para os que lá estão, sempre abandonados pela sociedade e principalmente: por suas famílias. Um dos motivos mais comuns é que a Legião influi na maneira como vemos estas pessoas em situação especial. Lembro-me de visitar um orfanato para meninas, todas com graves problemas físicos e mentais. Eram cuidadas por freiras que não mediam esforços para manter o local absolutamente limpo – mesmo com todas as limitações das crianças que lá estavam, pois algumas mesmo na pré adolescência não continham suas necessidades fisiológicas – e aguardavam ansiosamente por uma visita, para levar um pouco de alegria àquele lugar.
Centenas de pessoas não conseguiam passar da porta. Deixavam suas doações na entrada principal e diziam estar com pressa para sair logo dali. O que as bloqueava? O que as impedia? Consegui entrar em diversas ocasiões. Lembro-me de uma menina de aproximadamente três anos que não tinha os braços e as pernas. Ela vivia em um colchão, colocado no chão para evitar acidentes. Tenho a imagem nítida na minha mente: tudo absolutamente limpo, para que todas tivessem o máximo de dignidade. Pois conseguia brincar com estas meninas com facilidade.
Conversava várias vezes com as Freiras e lembro-me de uma em especial: Agnes. Perguntava para ela o tempo todo por que tantas pessoas não entravam lá, sendo que eu e diversos amigos meus íamos visitar as meninas no orfanato, achávamos normal ir lá e doar um pouco de carinho para aqueles seres tão pequenos e indefesos. Algumas meninas tinham sido abandonadas porque apresentavam alguma lesão mental e ao nascer mães e pais com vergonha ou até sem condições de cuidar, entregavam para o orfanato.
Agnes, com sua voz doce me respondia sempre: vocês olham com o coração, por isso nada os impede de vir aqui. Perguntei o que era olhar com o coração, já que sentia muita pena das crianças, que lá estavam e a maioria sem esperança alguma de sair dali para um lar. Agnes apenas respondia que Os Anjos nos inspiravam a cada visita. –“São momentos como este – dizia Agnes – que temos a prova de que nossas orações são atendidas, por que anjos impedem que os demônios ofusquem o brilho de felicidade dos olhos destas crianças”.
Existem pessoas que ao doar alguma coisa que não utilizam mais, sempre mandam sapatos furados, roupas sem condições de uso, brinquedos quebrados, alimentos vencidos. Como devemos tratar o nosso próximo? Leia Lucas 10:27-28 “Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo. Tornou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isso, e viverás.” Isso é amar ao próximo como a ti mesmo ou uma influência da legião do mal nas decisões das pessoas quando se propõem a ajudar? O que sabemos como verdade é que estamos passíveis das influências do mal o tempo todo, daí a importância de orar e vigiar cada segundo de nossos pensamentos e ações. Só assim estaremos livres de cairmos em tentações e agirmos com instinto do mal. Isso faz parte da evolução. Errar, se arrepender e começar de novo é papel de todo o ser humano. Permanecer no erro é o que abre os portais para que a legião entre na vida das pessoas.
“Deus nos ensina a amar o próximo e também a amar nossos inimigos provavelmente porque eles são, em geral, as mesmas pessoas” Mark Twain
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