Lorraine Juri é médica radioterapeuta do IRV. Foto: Hugo Boniolo
Médica do ES explica como evitar câncer de pele ao caminhar na praia
Além de utilizar o protetor solar e roupas leves, orientação é não dispensar a máscara por causa da circulação da variante ômicron
O verão é uma das estações do ano favoritas das pessoas para caminhar e se exercitar na praia ou no calçadão. Mas é preciso ter cautela com o tipo de tumor que mais atinge a população brasileira: o câncer de pele.
Alguns cuidados são fundamentais, como manter a pele sempre limpa e hidratada, e utilizar o protetor solar diariamente, aplicando cerca de 30 minutos antes da caminhada.
"É importante evitar exposição ao sol nos horários mais quentes (entre 10h e 16h), beber bastante líquido e não esquecer de reaplicar o filtro a cada 3 horas, principalmente se for uma pessoa que transpira muito durante os exercícios", orienta Lorraine Juri, médica radioterapeuta do Instituto de Radioterapia Vitória (IRV).
Ela ainda recomenda usar óculos de sol com lentes UV, chapéus ou bonés, além de roupas confortáveis durante a atividade física.
Lorraine Juri ressalta que a pandemia de Covid-19 não acabou e que é necessário evitar aglomerações, principalmente por causa da circulação da variante ômicron. Isso significa não caminhar nos horários de maior movimento nos calçadões e proteger nariz e boca para não se contaminar.
"É preciso usar a máscara sempre! Ainda mais agora que os casos estão aumentando mais uma vez", destacou.
Segundo a especialista, lesões indicativas de câncer de pele têm características marcantes, como aparência elevada e brilhante, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida e que sangra facilmente; pinta preta ou castanha que muda de cor e textura; e mancha ou ferida que não cicatriza e cresce, apresentando coceira, crostas ou sangramento.
Em caso de surgimento de algum desses sinais, a médica orienta procurar um dermatologista para exames mais detalhados.
176 mil novos casos
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), as lesões de pele não melanoma são as mais frequentes no Brasil e correspondem a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Para este ano, a expectativa é de que 176 mil novos casos sejam registrados.
Lorraine Juri explica que em um país tropical como o Brasil, com alta incidência solar durante todo ano, o tumor de pele é ainda mais frequente.
"No caso dos brasileiros, o problema se torna mais grave porque grande parte da população ainda não tem o hábito de passar filtro solar antes de se expor ao sol, somente quando vai à praia ou piscina", ressalta.
Histórico familiar, características da pele – quanto mais clara ela for, mais propensa é para desenvolver câncer – e excesso de exposição solar são alguns fatores de risco para a doença.
Tratamento com radioterapia
A radioterapia é uma das modalidades de tratamentos utilizadas para combater o câncer de pele, com altos índices de cura, sendo que os tipos mais comuns são os carcinomas basocelular e espinocelular.
Além disso, ela também trata tumores mais agressivos da pele, como melanoma e tumores de células de Merkel.
"A radioterapia pode ser usada de forma exclusiva, junto com outro tratamento ou depois de uma cirurgia. O tipo de radiação varia de acordo com o tipo de tumor", explica Lorraine Juri.
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