terça-feira, 17 de maio de 2011

História e cultura negras mais presentes nas escolas


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O ensino de história e cultura afro-brasileira será fortalecido nas escolas municipais de Cachoeiro de Itapemirim. A partir deste mês, a Secretaria Municipal de Educação (Seme) conta com uma Comissão de Estudos Afro-Brasileiros (Ceafro), que vai atuar na formação de professores da rede e intensificar a presença desses conteúdos nos currículos escolares.

A comissão é formada por professores e pedagogos, além de membros do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial e representantes de comunidades quilombolas. Vai contribuir para o cumprimento da lei 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira em escolas públicas e particulares.

"A Ceafro vai nos ajudar a consolidar as ações que já temos realizado nas escolas e também a oferecer mais capacitações para os nossos professores. Com ela, vamos conseguir elaborar uma proposta pedagógica que nos permita atender melhor a lei", explica a secretária municipal de Educação, Deuceny Lopes.

A comissão será formalizada este mês, mas já tem atuado no município. No último dia 10, o grupo promoveu o I Fórum de Educação Pública e Privada das Relações Étnico-Raciais e Afro-Brasileiras. No evento, profissionais da educação de Cachoeiro e municípios vizinhos debateram a implementação da lei 10.639.

De acordo com o coordenador da Ceafro, Antônio Carlos Martins, desde o início do ano o grupo tem feito um levantamento das atividades que as escolas municipais desenvolvem para disseminar a cultura e história negras.

"Percebemos que as ações são feitas de forma muito pontual, em algumas disciplinas, em datas emblemáticas para a cultura negra. Agora, com a Ceafro, vamos buscar trabalhar esses conteúdos em todas as disciplinas. Para isso, a comissão vai desenvolver um trabalho de formação com os educadores, para que as escolas possam fazer um trabalho mais coeso", explica o coordenador.


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