Um povo sem história é um povo sem identidade, diz a máxima popular. Pensando nisso, o médico Vicente Paulo de Miranda reuniu um grupo de amigos para escrever um livro sobre os 100 primeiros anos da Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim. E para tornar o material democrático e participativo, está disponível na Agência dos Correios, que fica na praça Jerônimo Monteiro, uma caixa, parecida com uma urna, para receber materiais diversos, como fotografias e histórias que envolvam a instituição.A intenção é valorizar pessoas que contribuíram com a Santa Casa, seja de forma profissional ou informal, dando ênfase ainda a questão sentimental que envolveu esses personagens. "Tivemos médicos, enfermeiros, serventes, enfim, todo tipo de pessoa que foi fundamental para o bom funcionamento da Santa Casa. "A gente conta com o apoio de todos, para fazermos um livro bonito e que represente a realidade da vida da Santa Casa", finalizou Vicente.
SAIBA MAIS SOBRE A SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CACHOEIRO
O Primeiro Regimento da Misericórdia, o chamado Compromisso, foi assinado pela Rainha Leonor, pelo Rei Dom Manuel, por Frei Contreras (confessor da Rainha), pela Infante Dona Brites e pelo Arcebispo de Lisboa, Dom Martinho da Costa. O principal objetivo da prática de obras de caridade dividia-se em 4 grandes ramos: tratar os enfermos, patrocinar os presos, socorrer os necessitados e amparar os órfãos.No Brasil, a primeira Santa Casa foi fundada por Bráz Cubas, no ano de 1543, na Capitania de São Vicente (Vila de Santos). Por volta de 1560, deu-se a possível criação da Confraria da Misericórdia de São Paulo dos Campos de Piratininga que esteve alojada no Pátio do Colégio, nos Largos da Glória e Misericórdia, sucessivamente. Em 1945 foi elaborado um projeto com o objetivo de constituírem: Farmácia, Sala de Operações, Gabinete de Raio X, Ambulatório, Laboratório de Análises Clínicas. No setor Administrativo dava-se os primeiros sinais de organização: Secretaria, Portaria e Serviços Econômicos que consideravam: Refeitório, Dispensa, Cozinha, Rouparia e Lavanderia. No setor religioso já havia a preocupação com assistência espiritual dos enfermos que era prestada pelas religiosas e o sacerdote, denominado "capelão". Vale lembrar que o serviço religioso sempre esteve presente e permanece até hoje. Incontáveis foram os elementos que passaram pela Santa Casa, deixando marcado no tempo os sinais de sua participação, quer de ajuda financeira, moral e material, outros trabalhadores anônimos que direcionaram os destinos desta instituição. O Hospital viveu seu apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando avança o desenvolvimento de diversos setores e a criação de tantos outros. Neste período adquiriu-se muitos equipamentos para cozinha, lavanderia, radiologia, gabinete dentário, central de PABX, implantação da Contabilidade de Custos, Serviço de Nutrição e Dietética e Lactário, construção de mais duas salas cirúrgicas e da Central de Esterilização. Inaugurado o CTI com 9 leitos e modernos equipamentos. Na década de 1980 chegou-se a ter 315 leitos.
Na década de 1990, apesar de muitas dificuldades financeiras o hospital continuou investindo para oferecer cada vez mais qualidade e resolutividade aos pacientes da região. Deu-se alguns passos importantes no intuito de modernizar, ampliar os recursos de diagnóstico e de complexidade da Assistência Médico Hospitalar.
No início dessa década, o Ministério da Saúde concedeu-nos o título de hospital padrão no controle da infecção hospitalar, juntamente com outros três hospitais brasileiros. Obteve-se também, autorização da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia para formação de novos ortopedistas, credenciando nosso serviço em Residência Médica.
Em 1991 foi criado o Plano de Saúde, próprio, que chegou a ter aproximadamente 35 mil vidas. Dois anos após adquiriu-se, um Aparelho de Tomografia Computadorizada e Ultrassonografia, que vieram completar o Centro de Diagnóstico por Imagem, dinamizando os serviços de diagnóstico e tratamento. No ano de 1994 foi inaugurado a nova Unidade de Tratamento Intensivo, com a sua capacidade instalada ampliada para 17 leitos. No mesmo período foi inaugurado o Instituto da Mulher, com 04 consultórios equipados, que teve por objetivo dar assistência a mulher, tomando por base a PAISM- Plano de Assistência Integral a Saúde da Mulher- do Ministério da Saúde. Dando ênfase ao atendimento de Pré-Natal de baixo e alto risco, prevenção do câncer ginecológico e planejamento familiar.
Inaugurada ainda, uma creche para atender aos filhos dos funcionários. O Centro Cirúrgico foi ampliado com a construção de mais três salas cirúrgicas. Em 1995 os serviços administrativos foram implementados com aquisição de computadores e software com uma rede de 28 estações de trabalho. Em 1996 foi inaugurada as novas instalações do Serviço de Ortopedia e Traumatologia com três consultórios e sala de gesso.
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