Morreu ontem (23), às 17h, aos 91 anos, em decorrência de um câncer na coluna, o frei João Echávarri Asiáin. Ele estava internado desde o último dia 19 na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. O corpo do frei está sendo velado no Santuário de Nossa Senhora da Consolação, em Cachoeiro, e será sepultado hoje à tarde no cemitério da Fazenda do Centro, em Castelo.
A segunda missa de corpo presente está prevista para as 15h, na Igreja Matriz de Castelo, de onde sairá para o sepultamento na Fazenda do Centro.
Frei João Echávarri pertencia à Ordem dos Agostianos Recoletos, responsável por algumas obras religiosas na região. Ele nasceu em Zabal, Província de Navarra. Naquele país, iniciou seus estudos de filosofia e teologia, terminando seus estudos no Brasil.
Devido à guerra civil espanhola, o frei chegou ao Brasil em 18 de julho de 1933, no Estado da Bahia. A guerra virou-se contra a Igreja Católica, obrigando os agostinianos a refugiarem-se em diversos países. Em 23 de setembro de 1935, professou seus votos solenes na Ordem Agostiniana, onde completou 75 de dedicação.
Com o término de seus estudos, foi ordenado presbítero em 11 de janeiro de 1942, na cidade de Ribeirão Preto (SP). Exerceu seu ministério de pastor nos Estados da Bahia (1942 a 1946); na Fazenda do Centro (1946 a 1979); na cidade de Castelo (1979 a 1982) e em Cachoeiro, de 1982 até sua morte.
Ele residiu por um longo tempo na Fazenda do Centro, sendo pároco de Conceição do Castelo por 22 anos, e responsável pelo pastoreio dos municípios de Castelo e Venda Nova, que pertencia àquela paróquia. Naquela época, esteve ao lado de padre Cleto Caliman no projeto de construção do Hospital Padre Máximo.
Nos primeiros anos como pároco, não havia facilidade de transporte, e os trechos entre as comunidades eram percorridos a cavalo. No ano de 1951, iniciou-se a construção da rodovia BR-262, quando foi adquirido um jipe para facilitar o trabalho do sacerdote nas comunidades distantes.
Na Fazenda do Centro, frei João abriu um pré-seminário, que funcionou até 1968, ano de sua transferência para Castelo, exercendo como professor de Técnicas Agrícolas e Comerciais por vários anos junto aos seminaristas e à comunidade.
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