terça-feira, 10 de dezembro de 2013

CRÔNICA - A PEQUENA BAILARINA - Por Bárbara Gáspari - Jornalista

Outro dia fui convidada para assistir um espetáculo de Ballet, fiquei muito feliz e emocionada por isso, pois sabia que uma amiga bailarina se apresentaria.
Me preparei para o evento alegremente e saí já ansiosa para estar no teatro.
O espetáculo começou e eu iniciei a busca pela pequena bailarina.




De repente, ela apareceu!
Tinha um jeito particular de se movimentar, isso fazia dela uma bailarina singular, única.
Era pequena na altura, mas grande em seu talento.
No palco ela crescia, se iluminava, brilhava, e a cada movimento encantava cada vez mais quem assistia.
Quando os demais bailarinos a levantavam, ela brilhava e emocionava a todos.
Vendo cada passo e cada giro dela, comecei a pensar na vida...
A vida é mais ou menos como o ballet, a bailarina gira, a vida vai passando e a cada giro, cada acontecimento reclamamos e não somos capazes de enxergar que em tudo há um sentido e é possível superar.

A pequena bailarina tinha suas particularidades, caminhava de forma diferente dos demais e ainda assim dançava, se superava.
Em cena ela crescia tanto, que ninguém lembrava desses pequenos detalhes...
O olhar forte e penetrante, movimentos precisos e delicados como toda bailarina é capaz de fazer.
Foi impossível conter as lágrimas, a emoção de ver aquele exemplo de superação na minha frente.
Minha mãe sempre me disse que o limite está na cabeça, se você acreditar que é capaz, você consegue!
E a pequena bailarina conseguiu!
Para ela limites não existem!
Naquele dia saí do teatro melhor do que entrei, uma pessoa diferente de quando cheguei, vendo que tudo é possível.


Fiquei com vontade de assistir de novo, de ver mais uma vez os movimentos daquela pequena bailarina.
Com ela aprendemos que é importante tentar, se superar nesse ballet que é a existência humana.
Meu encantamento foi tanto que procurei saber o nome da pequena bailarina e descobri que ela tinha o nome de uma famosa canção de Tom Jobim, ela era simplesmente...


Luísa

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