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sábado, 28 de maio de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Mistério em SANTA FÉ
Recebi uma ligação de um amigo a quem vou chamar de Tarcísio, por questões de privacidade. Era noite de sábado, chovia e ele estava bem abalado. Só dizia que algo havia acontecido de extraordinário, mas que só falava pessoalmente. Fui ao seu encontro. Tarcisio relutou muito antes de contar o que havia acontecido. Iniciou seu relato de forma apreensiva: “- Estava passando de carro por Santa Fé (Santa Fé é um distrito que fica entre Cachoeiro e Muqui – Espírito Santo) e de repente o veículo desligou, consegui parar no acostamento. Este é um trajeto que faço semanalmente e nunca tive algum problema. Ao parar o carro, não consegui dar a partida de forma alguma. Resolvi sair do carro para olhar o que estava acontecendo no motor, tentar sair dali.”
Isso me lembrou algo que havia acontecido com meu tio em 1962, quando ele pegou um ônibus que fazia a linha Méier – Penha. Ao passar por Inhaúma, o ônibus teve um fenômeno parecido: desligou sem motivo algum, deixando doze passageiros apreensivos por estarem em um local longe de seus destinos, à noite e com um clima estranho no ar. Meu tio relatou que todos lembraram que algumas crianças haviam relatado algo sobrenatural no cemitério de Inhaúma, fato que falamos em outra oportunidade. Acreditem ou não o ponto inicial da Viação que fazia este trajeto era na esquina das ruas Santa Fé e Coração de Maria, próximo à igreja Coração de Maria.
Perguntei a Tarcísio o que aconteceu para que ele ficasse tão assustado na Estrada em Santa Fé. Após tomar mais uma xícara de café continuou: “-Estava olhando o motor do carro quando vi uma luz muito forte, saindo do alto de um morro. A Luz estava parada, na havia som algum. Chamei até para pedir ajudar e nada acontecia. A luz era em tons de amarelo. Não fiquei com medo desta luz, achei que era apenas um agricultor que estava com uma moto parada olhando o que tinha acontecido”.
Sei que Tarcisio tem um entendimento muito inteligente e maduro sobre coisas do além. Perguntei por que o susto já que não houve alguma ameaça. Tarcisio se calou. Respirou fundo, andou de um lado a outro da sala e respondeu que também não entendia, até ali, o que estava acontecendo. Disse que a luz foi diminuindo gradativamente, ficando azulada, até desaparecer totalmente. Ele perdeu a noção de tempo, mas calcula que ficou ali pelo menos por vinte minutos. Neste tempo nenhum carro, moto, qualquer movimento. Estava tudo muito escuro e a chuva continuava. –“Só pensei em me abrigar dentro do carro, até ter condições de sair dali. Ao sentar no banco, e respirar fundo, senti muito frio, e de repente, senti um apagão em meus olhos, creio que desmaiei por alguns segundos apenas. Tempo suficiente para ver uma luz muito forte, igual a que estava no alto do morro e uma voz muito suave de uma mulher dizendo “-você precisava parar um pouco, pode seguir agora, em segurança” após isso a luz apagou eu acordei... muito assustado. Imediatamente quis ligar o carro e seguir viagem e aí fiquei mais impressionado ainda: o carro ligou automaticamente e consegui seguir viagem de volta a minha casa”
Conclui que Tarcisio estava também sob efeito do cansaço da viagem, pois estava chegando do Rio de Janeiro. Ele me interrompeu e disse “-você não vai acreditar no que eu vi quando passei em um trecho da estrada: um acidente grave, envolvendo um ônibus, caminhão e dois carros. Só tinha passagem em uma pista. Ao olhar pela janela, pude ver claramente que o acidente tinha sido muito sério e com uma vítima fatal, que estava em um carro. Se estivesse passado no mesmo lugar alguns minutos antes, poderia ser eu ali, morto...”
Foi aí que compreendi todo o nervosismo de Tarcisio. Se falasse com ele que o que tinha acontecido com meu tio, em 1962 era idêntico ao relato de Tarcísio, creio que ele poderia ficar mais impressionado. Deixei para contar mais tarde. Mas meu tio também teve uma experiência igual que possibilitou salvar a vida daquelas dize pessoas que estavam no ônibus, durante o trajeto da linha 675.
Tarcisio nos dias atuais e meu tio, em 1962, foram abençoados por uma proteção divina, que possibilitou que fossem livrados de um acidente grave, onde várias pessoas morreram, no caso do ônibus no Rio de Janeiro, oito faleceram no acidente. Tarcisio foi protegido por um anjo que, enviado por Deus, pode evitar uma tragédia. Veja que houve um grande esforço para que a vida de Tarcisio fosse poupada por mais um tempo. Tarcisio tem uma missão grande ainda para trabalhar por diversas pessoas neste plano. Disse a ele que procurasse descansar que em outra hora conversaríamos sobre o acontecido.
Desde então, Tarcísio tem ido pelo menos de dois em dois meses à Igreja do Sagrado Coração de Jesus em Santa Fé, orar para agradecer o seu milagre. Nunca comentou o que lhe aconteceu com ninguém.
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