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Juan Vicente Ruperto, de 47 anos, nasceu no bairro de Barracas, zona sul de Buenos Aires, mas tem certeza de que houve um engano.
- Nesta noite, a cegonha estava bêbada. O meu destino era o Rio de Janeiro.
Quando se entra no táxi que ele dirige todos os dias pelas ruas da capital argentina, logo se percebe o equívoco geográfico que o fez nascer na terra do tango. No interior do carro, predominam o verde e o amarelo. A coleção de bandeiras, bonés e camisetas - presentes de amigos e passageiros - revela uma paixão que não conhece a fronteira entre Brasil e Argentina.
Juan, ou João, como também gosta de ser chamado, morou no Brasil entre 1980 e 1985, quando se rebelou contra o pai, que não o deixava comprar um carro. Foi viver com tios em Porto Alegre. Tinha, então, 17 anos.
- Descobri um mundo novo. Aqui, o que tínhamos era a ditadura. Lá, um povo feliz, apesar de suas necessidades.
Embora o afeto pelo Brasil esteja em seu DNA, algo que o taxista acredita ter herdado da bisavó nascida no país vizinho, isso só foi se transformar na paixão que ele sente hoje quando começou a tomar contato com a música brasileira. No banco do passageiro do carro, João carrega quatrocentos discos.
São CDs de samba, música sertaneja, forró e outros gêneros que baixa da internet ou ganha de conhecidos. Ele é capaz de listar, de cabeça, uma infinidade de artistas brasileiros de todas as épocas e regiões do país. Apenas um, porém, ocupa um lugar especial em seu coração: Zeca Pagodinho. PARA LER NA ÍNTEGRA CLIQUE NA IMAGEM ACIMA
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